07 de Abril de 2020
Pessoas isoladas, podem visitar outras pessoas isoladas?
Como sabemos que nem todos falam inglês resolvemos traduzir a conclusão do texto, tenham em mente que é uma tradução livre. Esta não é a notícia que queremos ouvir, mas a ideia de que se pode formar com segurança um círculo fechado de amigos saudáveis não tem fundamento, por três razões principais.
Em primeiro lugar, você e os seus amigos terão, cada um, algum risco básico de exposição por irem ao mercado, pagar contas ou mesmo por viajarem pela cidade para se visitarem uns aos outros. E é possível que um de vocês fique doente, mas não apresente sintomas. Portanto, a noção de que qualquer um de nós pode se dizer saudável com certeza é, infelizmente, uma ficção.
Em segundo lugar, nem todos no seu círculo terão necessariamente a mesma fidelidade que vocês, pois o risco é provavelmente maior do que pensam. Muitos estudos das DST mostram que a ideia de círculos seguros é uma falácia, porque os seres humanos por vezes enganam os seus contratos sociais e mentem sobre eles, ou esquecem-se de fazer certas revelações fundamentais.
Em terceiro lugar, a formação destes círculos seria insustentável a nível populacional Mesmo que cada círculo tenha apenas um pequeno risco de transmissão, esse risco aumenta exponencialmente se muitos de nós estivermos a formar esses círculos. A melhor maneira de diminuir tanto o risco individual como o risco a nível da população é simplesmente ficar em casa.
Dito isto, todos os peritos com quem falei reconheceram que o auto-isolamento total também pode ter efeitos muito prejudiciais, e cada um de nós tem de ponderar esses danos em função dos benefícios. Se o seu amigo que sofre de depressão está a ter uma emergência de saúde mental, pode muito bem fazer sentido visitá-los. Mas se simplesmente sentir falta do seu amigo e se sentir um pouco só? Dá para só jogar um jogo como o "Codenames over Zoom"usar a netflix watchparty (uma extensão da netflix), ou o discord para organizar um encontro de grupo virtual. Não se convença que uma interação presencial é necessária quando não é.
11 de Abril de 2020
Ibaneis relaxou o isolamento. Ninguém tá agindo pra barrar, já que curva de contaminação está no caminho de espiral, feito diz o ministro da Saúde? Nenhuma ação contra de algum parlamentar distrital ou do Ministério Público? Há possibilidade dessa ação, ao meu ver, por análise científica, equivocada, ser barrada? Existe alguma mobilização?
Até o momento não se tem uma mobilização contra o relaxamento no isolamento do DF. Porém, o infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Dalcy Albuquerque Filho diz que a situação no DF poderá ser agravada por conta do poder de atração de Brasília sobre a população do entorno, já que são municípios do território de Goiás, mas que pela proximidade, estão muito mais conectados à capital federal que a cidades como Anápolis ou Goiânia.
Fonte: https://glo.bo/2XuuoIe
19 de Abril de 2020
Goiás irá flexibilizar o isolamento, pois corremos (nos goianos) e conseguimos controle momentâneo. Está sendo correto essa atitude do governo?
Tínhamos respondido uma pergunta parecida em relação ao DF, e achamos que encaixa na mesma situação. Veja:
Se houver o afrouxamento do isolamento nesse momento, o risco de que o contágio aumente é maior por causa das pessoas assintomáticas (que estão infectadas com o vírus e não apresentam sintomas ou se apresentam, são de uma forma mais branda).
E completo com a pergunta que respondemos outro dia.
As estratégias de isolamento social são fundamentais para conter o crescimento do número de pessoas afetadas e “visam à organização dos serviços de saúde para lidar com esta situação, que, apesar de grave, pode ser bem enfrentada por um sistema de saúde organizado e bem dimensionado”.
Quanto mais alto for o pico da doença no Brasil, mais alto será o número de pacientes graves a demandar atendimento médico ao mesmo tempo, e, se a capacidade de leitos for insuficiente, o número de óbitos aumentará.
Aqui um exemplo hipotético:
De acordo com uma análise hipotética realizada pela Profa. Dra. Maria Beatriz Ferreira Leite, da Faculdade de Matemática da PUC-Campinas, a restrição do contato social da população seria capaz de evitar milhares de novos casos da Covid-19.
A estimativa da docente, que possui experiência na área de modelagem matemática em epidemiologia – que busca entender o comportamento das doenças a partir de informações quantitativas e qualitativas -, deriva da hipótese de aplicação de restrições de deslocamento a indivíduos assintomáticos da Covid-19, evitando a propagação da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 86% das pessoas não apresentam sintomas.
Nas duas projeções realizadas, supõe-se a existência de nove casos assintomáticos para cada um caso sintomático. Leva-se em em consideração, ainda, a taxa de transmissibilidade divulgada de 2,5 para Covid-19. Em outras palavras, um indivíduo infectado poderia transmitir a doença para, em média, outras 2,5 pessoas.
No primeiro cenário, em que não há medida de isolamento social, o total de contaminações que decorrem dos indivíduos assintomáticos chega a 5.245 casos, sendo 525 sintomáticos. Levando em conta que 20% dos pacientes que manifestam sintomas evoluem para quadros graves e necessitam de internação, a demanda hospitalar seria de, aproximadamente, 105 leitos.
No segundo cenário, é admitida a adoção de uma ação restritiva na qual, hipoteticamente, dos nove indivíduos assintomáticos, cinco permanecem em casa. Nesta situação, o número total de infectados cai para 2.297, impedindo o contágio de quase 3 mil pessoas em relação à primeira demonstração.
Fontes:
is.gd/yfDLnF
is.gd/9Fh9w0
is.gd/Gsara7
5 de Maio de 2020
Familiares pressionam para encontros em datas comemorativas. Se as pessoas estão em casa, saindo apenas para ir ao supermercado e para ir a farmácia, sem desenvolver qualquer sintoma da doença, mesmo passando 25 dias ainda devem considerar serem transmissores do vírus? Qual a indicação para essas reuniões, mesmo sendo em casa, e com espaço para as pessoas se espalharem?
O perigo nessas reuniões estão nas pessoas que são assintomáticas. De acordo com a OMS é possível alguém se contaminar e não apresentar nenhum sintoma (ou apenas sintomas leves, sem se sentir mal) e ainda assim poder transmitir o vírus. A OMS está avaliando pesquisas em andamento sobre o período de transmissão da COVID-19 e continuará a compartilhar descobertas atualizadas. A indicação, tanto do Ministério da Saúde, quanto da OMS é deixar que essas reuniões ocorram após o período de quarentena. Estamos num momento que encontros são muito delicados e apresentam riscos, ainda mais pela falta de testes para todos. Uma dica para ter comemorações em família é que elas sejam online. Aplicativos como o Zoom (http://is.gd/w1JfeO), Hangouts (http://is.gd/iDqCWd) e Google Meet (http://is.gd/ACc3hT) dão oportunidade para que esses encontros virtuais e seguros aconteçam.
Fontes
http://is.gd/xFidJp (Tópico: "Como se proteger")
28 de Maio de 2020
Bom dia, qual a opinião de vocês sobre reabertura de atividades comerciais, com os números de infectados e de mortes crescendo?
Neste grupo, preferimos dar informações a dar opiniões. Esperamos que esteja ficando clara a diferença entre as duas coisas. Anteriormente já comentamos que a reabertura do comércio é frequentemente uma decisão mais política e econômica do que puramente sanitária ou científica. Se fosse uma questão apenas epidemiológica, a reabertura só ocorreria quando o R, o número médio de pessoas infectadas para cada doente, fosse inferior a 1. Ainda estamos longe disso, portanto, foram fatores econômicos e políticos que impulsionaram essa reabertura. Apesar disso, o GDF tem reportado reuniões rotineiras para avaliar o número de casos e decidir sobre próximos passos (ou recuos) da retomada econômica.
21 de Agosto de 2020
Depois de quantos dias que já não passo risco de contaminação para minha família ? Tenho uma esposa grávida e um filho de 5 anos em casa .
Segundo o CDC, você pode parar o isolamento quando:
Você pode estar perto de outros depois:
- 10 dias desde que os sintomas apareceram pela primeira vez e 24 horas sem febre sem o uso de medicamentos redutores de febre e
Outros sintomas da COVID-19 estão melhorando
*Perda de gosto e cheiro pode persistir por semanas ou meses após a recuperação e não precisa atrasar o fim do isolamento
Observe que estas recomendações não se aplicam a pessoas com COVID-19 severa ou com sistemas imunológicos gravemente enfraquecidos (imunocomprometidos).
Fontes:
is.gd/S1lDu4
08 de Abril de 2020
Eu vi um caso em que após um mês do contágio a pessoa ainda tinha carga viral suficiente pra transmitir a outras pessoas. Efetivamente qual deve ser o período de isolamento de uma pessoa contaminada?
Entre 2-14 dias em média é o período de incubação, ou seja período desde da pessoa pegar covid-19 e apresentar os sintomas, e a recomendação do CDC é que pessoas que tenham contraídos o vírus fiquem em casa de quarentena por pelo menos 7 dias após os sintomas terem sumido completamente. Caso consiga fazer o teste você está liberado após 2 testes em um intervalo de 24h de um teste para o outro sendo o resultado deles negativo.
Fonte:
https://bit.ly/3aV21qD
11 de Abril de 2020
É sabido que a Suécia, inicialmente, não tomou qualquer medida de isolamento.
Seu vizinho Noruega aplicou o isolamento social.
Hoje a Suécia tem 10.151 casos com 887 mortes confirmadas.
A Noruega tem 6.360 casos com 114 mortes.
A população aproximada da Suécia é de 10 milhões enquanto da Noruega é de 5 milhões.
Considerando tais informações, ao final da Pandemia:
Suécia terá X casos!
Noruega também terá Y casos?
X e Y casos seriam o número que cada País vai contrair.
A pergunta é:
A forma de isolamento será determinante para o NÚMERO de casos? Ou serve apenas para um contágio mais lento? E moldando essa pergunta para a realidade brasileira, o isolamento social está sendo aplicado apenas para o sistema público de saúde se preparar e haver leitos para os que precisam ou o número de casos no Brasil seria o mesmo independentemente de isolamento?
A Forma de isolamento é determinante para o número de casos, sendo o isolamento social quanto mais cedo feito menor o número de contágio logo salvamos um maior número de vidas, para entender melhor leia o artigo da nature que eu traduzi ( de forma livre) abaixo:
O que a resposta da China ao Coronavírus pode ensinar ao resto do mundo?
Em janeiro as autoridade chinesas introduziram medidas para conter o vírus, impedindo a entrada e saída de Wuhan, e de 15 outras cidades na província de Hubei, os voos e comboios foram suspensos, estradas bloqueadas e foi dito as pessoas para ficarem em casa e só saíssem para obter alimentos ou ajuda médica, cerca de 760 milhões de pessoas (metade da pop do país) ficaram confinadas.
Após isso a OMS parabenizou a China por uma resposta de saúde sem precedentes. A nature então falou com epidemiologistas para saber se os bloqueios funcionaram realmente e o que outros países podem aprender com a quarentena.
O que aconteceu após a quarentena
Antes da quarentena, cientistas estimam que cada pessoa infectada transmitia o coronavírus para mais duas outras, dando assim o potencial de se espalhar rapidamente. Modelos anteriores do espalhamento da doença que não leva em conta a contenção sugerem que o vírus infectaria 40% da população da china, isto é 500 milhões de pessoas .
Já nos primeiros 7 dias de confinamento, o número de pessoas que cada pessoa infectada transmitia o vírus foi de 1.05, sendo que dois dias depois Wuhan atingiu o pico da doença
Até dia 16 de março foi comunicado 81 000 casos, os cientistas pensam que muitos não foram comunicados ou porque os sintomas não eram suficientemente graves para as pessoas procurarem cuidados médicos, ou porque não foram efetuados testes. Mesmo assim as medidas de controle funcionaram.
A resposta da China poderia ter funcionado melhor?
A resposta da china teve uma falha, eles começaram tarde. Nas primeiras semanas eles demoraram a reportar a infecção o que atrasou as medidas para contê-las.
Um modelo proposto por Lai Shengjie e Andrew Tatem, investigadores em doenças emergentes na Universidade de Southampton, no Reino Unido mostra que se a China tivesse implementado a quarentena uma semana antes teria prevenido 67% dos casos no país e se tivesse implementado 3 semanas antes o número de infecções seria de 5% do total.
As proibições especificadamente de viagens na China funcionaram?
Eles abrandaram a propagação do vírus mas não por muito tempo. Um estudo publicado pela science sugere que o isolamento de Wuhan atrasou a propagação do vírus as outras cidades da china em cerca de 4 dias. No entanto as proibições tiveram um efeito mais duradouro a nível internacional, impedindo que 4 de 5 casos fossem exportados da China para outros países durante as três primeiras semanas. Porém após isso, os viajantes de outras cidades transportaram o vírus para outras cidades internacionais, criando assim novos surtos. O modelo dos cientistas sugerem que mesmo bloqueando 90% das viagens a propagação do vírus é moderadamente retardada a não ser que sejam introduzidas outras medidas em conjunto.
Porque as proibições de viajar só podem retardar a propagação deste tipo de doenças, é importante que as proibições sejam implementadas de forma a encorajar a confiança, diz Justin Lessler, epidemiologista da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. "Se encorajar as pessoas a mentir ou tentar contornar a proibição, ela está destinada a falhar", diz ele.
Quais são as lições para os outros países?
O modelo de Tatem e Lai avalia o efeito combinado da detecção precoce e o isolamento da China, que consequentemente gerou queda no contato e as proibições de viagens interurbanas do país, no seu conjunto essas medidas evitaram que os casos aumentassem 67%, caso contrário em fevereiro a China teria registrado aproximadamente 8 milhões de casos.
O efeito da diminuição do contato entre as pessoas foi por si só significativo, sem a diminuição teria sido infectada 2,6 vezes mais pessoas no final de fevereiro
Mas a detecção precoce e o isolamento foram o fator essencial para reduzir os casos, em sua ausência a China teria tido 5 vezes mais infecções no final de fevereiro
Em Singapura (país que foi um dos mais rápidos a identificar os casos) o país ainda tem 250 casos de covid-19 e não precisou introduzir medidas drásticas de restrições como na China, alguns eventos foram cancelados e pessoas com covid-19 foram mantidas em quarentena mas a vida continua.
Sobre o impacto do fechamento de escolhas ainda não se sabe pois um estudo prévio mostra que o espalhamento de covid10 em Shenzhen foi encontrado que embora crianças podem ser tão infectadas quanto adultos ainda não está claro se as crianças podem transmitir o vírus, e isso é essencial para avaliar o impacto do fechamento de escolas.
Fonte:
21 de Abril de 2020
Sobre a possibilidade de reabertura das escolas e retorno das atividades educacionais neste momento, que está sendo estimulada pelo presidente. O que vocês recomendam?
Não nos cabe recomendar a reabertura ou não das escolas. Mas trazemos um pouco do que já se sabe da relação das crianças com a COVID e a quebra do isolamento.
Em sua maioria, as crianças têm desenvolvido uma forma leve ou assintomática da doença, o que dificulta rastreá-la neste público. Sem saber que carregam o vírus, elas passam a pôr em risco os mais velhos. Especialistas alertam que a reabertura das escolas provocaria o desenvolvimento de uma cadeia de transmissão, uma vez que a atividade envolve a presença de adultos e a possibilidade da transmissão do vírus de uma criança para outra.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou, nesta segunda-feira (13), os critérios que países devem analisar antes de suspender o isolamento, como forma de combate à COVID-19:
1) a transmissão da COVID-19 deve estar controlada;
2) o sistema de saúde deve ser capaz de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de traçar todos os contatos;
3) os riscos de surtos devem estar minimizados em condições especiais, como instalações de saúde e casas de repouso;
4) medidas preventivas devem ser adotadas em locais de trabalho, escolas e outros lugares aonde seja essencial as pessoas irem;
5) os riscos de importação devem ser administrados;
6)as comunidades devem estar completamente educadas, engajadas e empoderadas para se ajustarem à nova norma.
Fontes:
is.gd/sVHZuO
is.gd/TRB4YN
15 de Maio de 2020
Se o pico de casos em Brasília está previsto para junho/julho, abrir o comércio neste momento seria indicado?
No caso de determinar um pico para o DF ele depende de dois fatores principais: os dados atuais de infectados e a adesão das pessoas às medidas de distanciamento social. Já discutimos aqui que a escassez de testes tem levado a um número considerável de subnotificações que estão sendo reduzidas com as testagens em massa via drive-thru, mas os dados ainda não são ideais, então isso dificulta um pouco ter modelos confiáveis de quando será o pico. Ainda mais complicado é saber que a adesão (ou a não adesão) da população às medidas de distanciamento modificam a data do pico. Até algumas semanas atrás a previsão era de que já teríamos passado pelo pico, só que o abandono das medidas recomendadas de permanência em casa fez com que isso atrasasse, se houver uma abertura antecipada do comércio, pode ocorrer um segundo pico.
Brasília está afrouxando o isolamento e muitas pessoas tem saído de casa e isso causa um pouco de preocupação, abaixo deixarei os dados sobre os estados e como estão cumprindo as medidas de isolamento.
O Distrito Federal caiu para a 16ª posição no ranking nacional de adesão às medidas de isolamento social. O ideal para conter a propagação do novo coronavírus, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 70%.
Os dados são referentes ao último domingo (10) e mostram que o índice da capital estava em 45,40%. Na quarta-feira da semana passada (6), o DF estava em 9ª posição . Em abril, Brasília ocupou o primeiro lugar no ranking, com 56,3% das pessoas em casa.
Fontes:
is.gd/RmJMj2
is.gd/cHemUs
27 de Abril de 2020
Qual a diferença entre isolamento social e distanciamento?
Isolamento social busca separar pessoas infectadas das não infectadas, ela pode ocorrer em domicílio no hospital depende do estado clínico da pessoa .Essa ação pode ser prescrita por
médico ou agente de vigilância epidemiológica e tem prazo máximo de 14 dias. Na prescrição do isolamento o paciente deve assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e seguir as orientações para evitar o contágio de seus contatos domiciliares
Quarentena é a restrição de atividades ou separação de pessoas que foram presumivelmente expostas a uma doença contagiosa, mas que não estão doentes (porque não foram infectadas ou porque estão no período de incubação).
A quarentena pode ser aplicada em nível individual, como por exemplo: para uma pessoa que volta de viagem internacional ou para contatos domiciliares de caso suspeito ou confirmado de coronavírus; ou em nível coletivo, como por exemplo: quarentena de um navio, um bairro ou uma cidade, e geralmente envolve restrição ao domicílio ou outro local designado. Pode ser voluntária ou mandatória.
Lockdown
Esse é o nível mais alto de segurança e pode ser necessário em situação de grave ameaça ao Sistema de
Saúde. Durante um bloqueio total, TODAS as entradas do perímetro são bloqueadas por profissionais de
segurança e NINGUÉM tem permissão de entrar ou sair do perímetro isolado
A ideia do isolamento é retardar/parar a transmissão entre as pessoas, por isso só devemos sair de casa devido a serviços essenciais (ir ao mercado, farmácia..)
Sobre pessoas em isolamento, encontrar pessoas também em isolamento, vou reencaminhar um texto que já tínhamos colocado aqui no grupo.
Fontes:
Para responder essa pergunta recorremos a esse texto aqui https://bit.ly/3c0sUta . Ele contém depoimentos de epidemiologistas,médicos...
Como sabemos que nem todos falam inglês resolvemos traduzir a conclusão do texto, tenham em mente que é uma tradução livre.
Esta não é a notícia que queremos ouvir, mas a ideia de que se pode formar com segurança um círculo fechado de amigos saudáveis não tem fundamento, por três razões principais.
Em primeiro lugar, você e os seus amigos terão, cada um, algum risco básico de exposição por irem ao mercado, pagar contas ou mesmo por viajarem pela cidade para se visitarem uns aos outros. E é possível que um de vocês fique doente, mas não apresente sintomas. Portanto, a noção de que qualquer um de nós pode se dizer saudável com certeza é, infelizmente, uma ficção.
Em segundo lugar, nem todos no seu círculo terão necessariamente a mesma fidelidade que vocês, pois o risco é provavelmente maior do que pensam. Muitos estudos das DST mostram que a ideia de círculos seguros é uma falácia, porque os seres humanos por vezes enganam os seus contratos sociais e mentem sobre eles, ou esquecem-se de fazer certas revelações fundamentais.
Em terceiro lugar, a formação destes círculos seria insustentável a nível populacional mesmo que cada círculo tenha apenas um pequeno risco de transmissão, esse risco aumenta exponencialmente se muitos de nós estivermos a formar esses círculos. A melhor maneira de diminuir tanto o risco individual como o risco a nível da população é simplesmente ficar em casa.
Dito isto, todos os peritos com quem falei reconheceram que o auto-isolamento total também pode ter efeitos muito prejudiciais, e cada um de nós tem de ponderar esses danos em função dos benefícios. Se o seu amigo que sofre de depressão está a ter uma emergência de saúde mental, pode muito bem fazer sentido visitá-los. Mas se simplesmente sentir falta do seu amigo e se sentir um pouco só? Dá para só jogar um jogo como o "Codenames over Zoom" usar a netflix watchparty (uma extensão da netflix), ou o discord para para organizar um encontro de grupo virtual. Não se convença que uma interação presencial é necessária quando não é.
09 de Abril de 2020
O afrouxamento no isolamento social. Pode gerar um problema maior?
As estratégias de isolamento social são fundamentais para conter o crescimento do número de pessoas afetadas e “visam à organização dos serviços de saúde para lidar com esta situação, que, apesar de grave, pode ser bem enfrentada por um sistema de saúde organizado e bem dimensionado”.
Quanto mais alto for o pico da doença no Brasil, mais alto será o número de pacientes graves a demandar atendimento médico ao mesmo tempo, e, se a capacidade de leitos for insuficiente, o número de óbitos aumentará.
Aqui um exemplo hipotético:
De acordo com uma análise hipotética realizada pela Profa. Dra. Maria Beatriz Ferreira Leite, da Faculdade de Matemática da PUC-Campinas, a restrição do contato social da população seria capaz de evitar milhares de novos casos da Covid-19.
A estimativa da docente, que possui experiência na área de modelagem matemática em epidemiologia – que busca entender o comportamento das doenças a partir de informações quantitativas e qualitativas -, deriva da hipótese de aplicação de restrições de deslocamento a indivíduos assintomáticos da Covid-19, evitando a propagação da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 86% das pessoas não apresentam sintomas.
Nas duas projeções realizadas, supõe-se a existência de nove casos assintomáticos para cada um caso sintomático. Leva-se em em consideração, ainda, a taxa de transmissibilidade divulgada de 2,5 para Covid-19. Em outras palavras, um indivíduo infectado poderia transmitir a doença para, em média, outras 2,5 pessoas.
No primeiro cenário, em que não há medida de isolamento social, o total de contaminações que decorrem dos indivíduos assintomáticos chega a 5.245 casos, sendo 525 sintomáticos. Levando em conta que 20% dos pacientes que manifestam sintomas evoluem para quadros graves e necessitam de internação, a demanda hospitalar seria de, aproximadamente, 105 leitos.
No segundo cenário, é admitida a adoção de uma ação restritiva na qual, hipoteticamente, dos nove indivíduos assintomáticos, cinco permanecem em casa. Nesta situação, o número total de infectados cai para 2.297, impedindo o contágio de quase 3 mil pessoas em relação à primeira demonstração.
Fontes:
is.gd/yfDLnF
is.gd/9Fh9w0
is.gd/Gsara7
14 de Abril de 2020
A quarentena e o isolamento são diferentes quando se relaciona ao covid-19, certo? Queria saber qual a diferença entre os dois e porque na quarentena é tão importante que fiquemos em casa?
Isolamento e quarentena são diferentes sim. Primeiro, devemos entender que quarentena pode ser considerada um tipo de isolamento social, o Ministério da Saúde diferencia a quarentena do Isolamento de uma pessoa .
A quarentena é a restrição de atividades ou a separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ela poderá durar até 40 dias, podendo se estender pelo tempo necessário para reduzir a transmissão do vírus e garantir o bom funcionamento dos serviços de saúde. Já o isolamento deve ser feito quando é comprovado o risco de contaminação para outras pessoas, e deve ser determinado por um agente da saúde, ou seja ele pode ser feito em casa ou no hospital (depende da situação da pessoa) quando o paciente é positivo para o Covid-19.
Fontes:
is.gd/w8DSjK
is.gd/yYvvHt
5 de Maio de 2020
Meus filhos não me deixam sair de casa nem para tomar sol na pracinha, acho que eles estão paranoicos. O que significa 70% de distanciamento? Refere-se à população em geral ou aos hábitos individuais, ou seja, cada um ficar com 70% de recolhimento em casa?
É compreensível a preocupação dos seus filhos, visto que o vírus pode se espalhar pelo ar e infelizmente nem todas as pessoas estão utilizando máscara. Sobre a taxa de isolamento de 70% ela se refere a população em geral.
Fontes:
4 de Junho de 2020
Estamos flexibilizando as medidas de isolamento, mesmo com o crescimento de contágios por coronavírus. Vocês sabem em que o governo se baseia para adotar estas medidas de flexibilização?
A maioria dos locais, diante deste novo cenário que estamos vivendo, justificam que pretendem seguir preservando a saúde, o emprego, a continuidade do negócio e a comunidade, a definição de um protocolo de retorno ao local de trabalho é tão relevante quanto as medidas implementadas em resposta à crise de saúde. Tendo como orientações, locais de trabalhos limpos, materiais de proteção para pessoas e instalações, regulação de espaços comuns, ventilação, desinfecção, fluxo de pessoas, restrições de contato, reuniões, visitas, clientes, detecção e assistência médica/ psicológica, serviços de alimentação e transporte. E por meio de sistemas de monitoramento e atenção, como aplicações móveis ou medicina on-line, que permitem o monitoramento vivo dos riscos da força de trabalho (sintomas, exames laboratoriais, identificação e gerenciamento de casos positivos). E caso ocorra um aumento no número de casos, voltar ao isolamento e fechamento de comércios.
is.gd/oZZx6e
30 de Julho de 2020
É possível um velório para quem faleceu de COVID 19? aquela pessoa que já passou dos 14 dias mas faleceu em decorrência das sequelas do vírus? com PCR negativo após 22 dias?
Os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da COVID-19 NÃO são recomendados durante os períodos de isolamento social e quarentena.
- Caso seja realizado, recomenda-se:
- Manter a urna funerária fechada durante todo o velório e funeral, evitando qualquer contato (toque/beijo) com o corpo do falecido em qualquer momento post-mortem;
- Disponibilizar água, sabão, papel toalha e álcool em gel a 70% para higienização das mãos durante todo o velório;
- Disponibilizar a urna em local aberto ou ventilado;
- Evitar, especialmente, a presença de pessoas que pertençam ao grupo de risco para agravamento da COVID-19: idade igual ou superior a 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos;
- Não permitir a presença de pessoas com sintomas respiratórios, observando a legislação referente a quarentena e internação compulsória no âmbito da Emergência em Saúde
Pública de Importância Nacional (ESPIN) pela COVID-19;
» Caso seja imprescindível, elas devem usar máscara cirúrgica comum, permanecer o mínimo possível no local e evitar o contato físico com os demais;
- Não permitir a disponibilização de alimentos. Para bebidas, devem-se observar as medidas de não compartilhamento de copos;
- A cerimônia de sepultamento não deve contar com aglomerado de pessoas, respeitando a distância mínima de, pelo menos, dois metros entre elas, bem como outras medidas de isolamento social e de etiqueta respiratória;
-Recomenda-se que o enterro ocorra com no máximo 10 pessoas, não pelo risco biológico do
corpo, mas sim pela contraindicação de aglomerações.
Os falecidos devido à COVID-19 podem ser enterrados ou cremados